Capixabas da chamada ‘melhor idade’ estarão numa disputa nacional de vôlei adaptado nos próximos dias. E o time, que dá muito orgulho, conquistou a vaga ao participarem do projeto Viva Vôlei. Os jogos farão parte da disputa da Superliga Melhor Idade, campeonato nacional de vôlei adaptado, organizado pela Confederação Brasileira de Vôlei Adaptado (CBVA), que acontecerá em Palmas (TO), neste mês.
A iniciativa de reunir as atletas idosas no projeto é da educadora física Kátia Siquara.
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“Este ano, levaremos aproximadamente 35 atletas para a Superliga Melhor Idade que representarão o ES nas categorias 45+, 58+ 68+ e 75+. Conquistamos a vaga na competição nacional após vencer as etapas do campeonato estadual que terminou em setembro do ano passado”, disse Kátia.
Capixabas da chamada ‘melhor idade’ estarão numa disputa nacional de vôlei adaptado
De acordo com Kátia, o vôlei adaptado é uma modalidade que se assemelha ao vôlei tradicional, preservando boa parte dos seus fundamentos, mas com algumas adaptações específicas que possibilitam que qualquer pessoa possa praticar.
“É uma atividade voltada, especificamente, para idosos. Por isso, algumas regras são diferentes do vôlei tradicional, pensando nas limitações da pessoa idosa e visando proteger sua integridade física. Por exemplo, no vôlei adaptado não é permitido saque por cima e nem salto para atacar na linha dos três metros”, explica.
O projeto capixaba recebe apoio da empresa MedSênior e a modalidade tem adeptos apaixonados em todo o Brasil. Depois de participar da etapa estadual e conquistar medalhas de ouro e prata, os times do Projeto Viva Vôlei intensificaram os treinos para participar da competição nacional, que acontece de 22 a 26 de janeiro, em Palmas (TO).
Benefícios da atividade física na terceira idade
Segundo o geriatra e superintendente de Medicina Preventiva da MedSênior, Roni Mukamal não existe idade limite para a prática de atividade física. “Pelo contrário, a atividade física é fundamental em qualquer idade, desde que a pessoa tenha um acompanhamento médico para avaliar quais as suas limitações, e a orientação de um educador físico para os exercícios adaptados de acordo com a sua condição de saúde”, diz.
Ele ainda acrescenta que não tem idade certa para começar, mesmo para quem foi sedentário a vida inteira. “Não importa se tem 50, 60, 70 anos ou mais. O melhor caminho é experimentar atividades físicas diferentes, dentre as recomendadas para seu perfil de saúde, até encontrar aquela se se tornará a sua paixão”, revela.
Além disso, o geriatra destaca que o exercício físico é também fundamental para melhorar e prevenir doenças mentais, principalmente os transtornos depressivos.